Vistoria da prefeitura interdita bares e casas noturnas de Campinas Foram identificadas irregularidades em 16 estabelecimentos da cidade. Pelo menos sete boates tiveram as atividades suspensas nesta quinta.

02/02/2013 12:02

fiscalização em casas noturnas de Campinas (SP) iniciou na manhã desta quinta-feira (31) para vistoriar boates e bares. Até as 18h, a força-tarefa, determinada pela Prefeitura, suspendeu as atividades de pelo menos sete estabelecimentos.

O trabalho envolve três equipes com fiscais da Secretaria de Urbanismo, dos bombeiros e também tem o apoio da Guarda Municipal. Segundo a Prefeitura, a força-tarefa estará em 24 estabelecimentos. Esses locais estão com o alvará vencido ou são alvo de reclamações. A medida ocorre após atragédia na boate Kiss, em Santa Maria (RS).

A primeira interdição,ocorreu no Manga Real Botequim, no NovaCampinas. O estabelecimento não atende as normas de segurança e funciona sem alvará para realizar shows. Segundo a prefeitura, o bar possui autorização para funcionar como restaurante e pizzaria, mas também abriga um palco acima de 5 metros quadrados, que o configura como casa noturna. Para a segunda demanda, o local não está dentro das normas.  

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros Ivair Nunes, como o lugar recebe mais de cem pessoas a noite, precisariam ter equipamentos específicos de segurança preventiva. “Está faltando iluminação especial, sinalização, extintor de incêndio, brigadista, porta antipânico, a porta de saída não comportar o fluxo de pessoas atendidas e ainda não possui rota de fuga”, explica.

A casa ficará fechada até a conclusão das solicitações para adequar as instalações determinadas pelos bombeiros e também pela prefeitura. Não há prazo estipulado para atender a demanda. Depois passará por nova análise para voltar operar normalmente. Em caso de descumprimento da interdição, o estabelecimento poderá ser lacrado pela administração. O responsável pelo local não foi encontrado para comentar o caso.

 

Com o alvará e laudo de bombeiros vencidos, a casa noturna Espaço MOG, no Taquaral, também foi fechada. Segundo os bombeiros, o documento está vencido desde dezembro. No entanto, a gerente Renata Camargo afirma que já solicitou a renovação. "Já pedimos a verificação da Prefeitura em novembro, antes de vencer e estamos dependendo deles", explica.

Sobre o laudo dos bombeiros, o documento venceu no dia 19 de janeiro e também já foi solicitada uma nova vistoria. Segundo a corporação, apesar de ter problemas na documentação, a boate atende as normas de segurança.

A casa tem capacidade para 642 pessoas, no entanto, a gerente informou que é permitida a entrada de 500. Renata afirma que o forro de madeira interno da boate está revestido com material antichamas, uma das preocupações dos bombeiros. A casa depende da vistoria formal de ambos os órgãos para poder abrir as portas novamente.

Fiscalização
Segundo levantamento da Secretaria de Urbanismo, 24 boates e bares estão abertos para as atividades e 16 funcionam irregularmente. Decreto publicado no Diário Oficial de Campinas, nesta quinta-feira, determina maior rigor para fiscalizar as normas de segurança e de trabalhadores exigida para estabelecimentos destinados a diversões públicas, festas, clubes, ou qualquer atividade em que tenha som musical ou ruído.

 

Diante da força-tarefa da Prefeitura, os membros das comissões de Segurança e Defesa do Consumidor da Câmara decidiram suspender a vistoria que fariam nos estabelecimentos nesta manhã. Os vereadores informaram por meio de nota que vão acompanhar os trabalhos da prefeitura.

No Estado de São Paulo
Ao menos 303 locais de “reunião pública”, como são definidas as casas noturnas e boates, foram alvo de vistoria dos bombeiros nesta quarta-feira (30) em todo o Estado de São Paulo. A inspeção faz parte da operação Prevenção Máxima, anunciada pelo governador, Geraldo Alckmin (PSDB).

Estabelecimentos
O Espaço Mog informou que pediu a renovação do alvará de funcionamento em novembro, um mês antes do vencimento do documento, mas não teve retorno da Prefeitura. Já no Manga Real o problema foi com o laudo do Corpo de Bombeiros.O estabelecimento informou que já agendou a visita dos técnicos da corporação.

O responsável pelo Rancho 2000 disse que entregou todos os documentos necessários para a liberação do alvará foram entregues em novembro e que, desde então, depende da Prefeitura para ter o documento. O Cartum informou que estava faltando dar entrada no alvará com todos os documentos e que isso foi feito.O estabelecimento também aguarda análise da administração municipal.

O empresário da Cachaçaria São Joaquim foi à Prefeitura e disse que resolveu os problemas apontados, mas não conseguiu liberação para o estabelecimento funcionar.